quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Sugababes voltaram a SUGAR
O novo álbum das Sugababes constitui um desafio para o grupo, uma vez que é o primeiro disco sem nenhum dos 3 membros originais. Ao longo dos anos, as Sugababes têm sofrido frequentes mudanças de formação. Depois de Siobhán Donaghy ter saído em 2001, seguiu-se Mutya Buena em 2005. No ano passado, foi a vez de Keisha Buchanan. As Sugababes são agora Heidi Range (no grupo desde 2001), Amelle Berrabah e a recém-chegada Jade Ewen.
Se este novo trabalho mantém ou não a marca e a personalidade “Sugababes”, é a dúvida que se impõe.
Acima de tudo,”Sweet 7” é claramente um álbum pop/dance; algo de louvar, no sentido em que não cai nas sonoridades r&b/hip-hop que são frequentemente uma “tentação” para muitos artistas pop que procuram o sucesso nas tabelas. Alguns dos beats mais “euro-pop” vão ao encontro da moda e mostram a procura de uma constante actualização.
Alguma da produção ficou a cargo daquele que é apontado como um dos responsáveis do característico sonoridade de Lady Gaga: o produtor RedOne. E de facto nota-se claramente o estilo original do produtor. Consequentemente, algumas das músicas soam a Lady Gaga (destaque para “Get Sexy”, onde a inspiração na nova-iorquina é flagrante). Talvez por terem trabalhado com mais produtores norte-americanos do que nos álbuns anteriores (entre os quais Ne-Yo), são também perceptíveis algumas semelhanças com artistas como Rihanna e Fergie.
Muitos dos temas fazem lembrar músicas antigas da banda por terem o mesmo efeito “imediato”, uma eficiência comercial e radio friendly a que as Sugababes sempre nos habituaram. Exemplo disso é “Wear My Kiss”, um dos singles. A música “Give it To Me Now” é possivelmente a música com a sonoridade mais “old-school”; aqui sim, é evidente o estilo inconfundível daquela que foi considerada a girlsband de maior sucesso do século XXI.
As baladas continuam a ser um terreno que não apresenta grandes desafios para este grupo: “Little Miss Perfect” tem o potencial de ser um próximo “Too Lost in You”, mostrando as capacidades vocais das três raparigas em todo o seu esplendor.
“Sweet 7” é um álbum positivo, actual e cheio de energia. É inegável que o lado positivo das frequentes mudanças na formação, é que contribui para uma constante renovação; não correm o risco de nos saturar facilmente. Este não é de forma alguma o melhor trabalho das Sugababes, mas por enquanto passaram no teste da 4ª incarnação.
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